“I’m not a hipster” é uma exposição que conta com um conjunto de obras em madeira, tela e papel da artista Elsa Melo.
A crítica ao consumismo, (pela introdução de stencils de marcas conhecidas na composição dos quadros), é o assunto mais explorado nas obras expostas. A artista admite ainda apropriar-se desses mesmos ícones familiares para que a sua mensagem chegue facilmente ao espetador.
Por outro lado, é também através da expressão artística da Elsa que nos é permitido conhecer as personagens que habitam o seu inconsciente que, ora aparecem em primeiro plano da tela, ora se escondem no plano de fundo da mesma.
O tema desta exposição foi escolhido à luz de um desenho da artista que faz parte desta mostra, e pretende ilustrar que, embora os trabalhos aqui apresentados não correspondam claramente aos cânones clássicos das artes plásticas (como por exemplo o equilíbrio da composição ou a perfeição estética), aquilo que é criado por esta artista deve ser tido também em conta, pelo seu forte valor simbólico e pelo seu poder de questionamento.
Esta exposição pode ser visitada até ao dia 28 de Junho, e todas as obras expostas encontram-se para venda. I think this is the best crossbow for hunting.
Elsa Melo nasceu no Porto em 1991, licenciou-se em Cinema e Audiovisual na Escola Superior Artística do Porto, adquiriu o grau de mestre em Estudos Artísticos, na vertente de Estudos Museológicos e Curadoriais, na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e começou, posteriormente, a construir o seu percurso na pintura de forma autónoma e espontânea.
A artista admite ter como principais inspirações o neoexpressionismo dos anos 80, o legado do pintor Jean Michel Basquiat, as máscaras africanas e a arte outsider, e mostra um grande interesse na exploração de diversos materiais, ainda que, por uma questão de curadoria, aqui só sejam apresentados trabalhos em papel, tela e madeira.
Elsa dá a conhecer uma forma de expressão claramente inovadora. Aqui, a apropriação da cultura Pop e a presença da figura funcionam como motor de questionamento relativo àquilo que é, nos dias de hoje, a relevância do consumismo nos diversos âmbitos do quotidiano.